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Poéticas da resistência – Uma homenagem às mulheres pretas

 

Acompanhe a partir das 15h em tv.candeeiro.org.br

 

A poética como um lugar pulsante, que revigora e subverte a realidade de cada dia, é um espaço que inaugura afetos e pode representar a voz dos que estão esquecidos, violentados e tolhidos na margem do rio. A poética cria uma terceira margem de curso. Para as mulheres pretas este é um lugar conhecido, vivido. Ele congrega histórias, muitas delas, de lutas e resistências, muitas vezes como única forma de existir. Uma dor que se transmuta em luta, por meio de suas histórias de vidas, que se traduzem em força poética, potente, pulsante!

A potência e a resistência das mulheres negras latino americanas e caribenhas é o tema deste mês de julho no Brasil e em vários países. O 25 de Julho não é apenas uma data de celebração, é uma data em que as mulheres pretas refletem e fortalecem suas trajetórias e lutas.

Nesta toada de homenagens , o Instituto Candeeiro vem propor uma roda de conversa especial neste sábado, dia 1/8, com a participação de um grupo de mulheres de diferentes partes do país, para prosear conosco sobre as formas de fortalecer esse caminhar de resistência-existência, dos assentamentos à universidade, do plantar ao alimentar, por meio da realidade vivida à poesia e com todas as formas de encantamento.

Venha conosco para a roda “Mulheres Pretas: Poéticas da resistência”!

 

Conheça melhor as convidadas da roda deste sábado:

Luiza Cavalcante (PE) – Sítio Ághata

Agricultora Agroecológica, Educadora Popular, mãe, avó. Gestora do Sítio Ágatha – um espaço de agroecologia militante e de feminismo negro no assentamento Chico Mendes l, em Tracunhaém, Zona da Mata norte de PE, território de retomada ancestral e materna para Luíza, sendo elas a quarta, quinta e sexta geração de Mulheres Negras seguestradas do Povo Nbundo em África. Luíza nasce em Casa Amarela, no Alto da Serrinha – Quilombos Urbanos. Inicia aí sua militância antirracista e de educação popular. Depois migra com sua família pra Abreu e Lima e, em 1997, finalmente, através da luta pela terra – no Complexo Prado – retoma seu território ancestral. Hoje, compõe também, com muita alegria, o Instituto Candeeiro.

Jacqueline Alves (PE) – Centro Comunitário Mario Andrade/Coletivo Cabelaço

Jacqueline Martins Alves Correia, formada em Direito (2016) pela Faculdade de Olinda-FOCCA, é mestranda em Educação, Culturas e Identidades pela UFRPE. Atua como militante e educadora social no Centro Comunitário Mário Andrade e na Associação de Educação, Agroecologia, Cultura e Arte Sítio Agatha. Atuou no Coletivo de Juristas Negras de Pernambuco na frente de educação popular e assistência jurídica popular aos povos de religião de matriz africana e afro indígena. Tem na sua agenda à luta contra o genocídio do povo negro como prioridade de ações políticas e sociais.

Marinalva Alves (DF) – Assentamento Dorothy Stang

Liderança comunitária no Assentamento Doroty, em Sobradinho-DF. Dedicada a luta pela moradia digna, Marinalva é mãe de 6 filhos e vice presidente da Associação de Moradores do Doroty. Organiza diversas frentes de fortalecimento da comunidade, coordenando as ações do Centro Comunitário, atividades culturais e formativas.

Josineide Dantas (Gigi – SE) – Poetisa, cordelista

Militante ativista dos movimentos Sociais, Filiada ao MNU. Mãe solo, Poetisa e cordelista. Arte Educadora, Agente Comunitária em saúde, discente em Serviço social. Defensora dos Direitos humanos, antiprobicionista e Lgtbqi+. Ocupo uma cadeira pelo o MNU no Conselho Municipal do Direito da mulher de Aracaju/SE em defesa dos nossos corpos pretos com pautas raciais.

Íris Amancio(SE) Editora/Instituto Nandyala

Íris Amâncio é professora e pesquisadora de Literaturas Africanas, de Literatura Portuguesa e de Estudos Comparados da da Universidade Federal Fluminense. Como editora, publica autoras e autores negros (Nandyala Editora) e promove ações continuadas de letramento afroliterário. Coordena o Laboratório de Literaturas e Culturas Africanas e da Diáspora Negra (Licafro-UFF) e o Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Literatura Infantojuvenil da UFF. Além de artigos e livros acadêmico-científicos, é autora de obras de Literatura Infantojuvenil.

Elaine Albuquerque (PE)- Quilombo do Catucá

Elaine Albuquerque,brasileira, natural de Camaragibe, onde até hoje realiza suas vivências. Após falecimento de Mãe Flávia de Oyá ou Mãe Flávia do Catucá, como gostava de ser chamada, Elaine junto ao seu irmão Deybson Negão assume o sacerdócio do Ilê Axé Oyá T’Ogum. Desempenha também atividades de educação e inclusão social em sua comunidade. Processos que se tornam possível por intermédia da Cultura, uma vez que a Sambada de Coco, o Maracatu, Urso e algumas das festividades realizadas no Centro Cultural Quilombo do Catucá.

Ravena Carmo (DF)- Poetisa, ativista cultural

Poetiza, ativista cultural, militante pelos Direitos Humanos da criança e do adolescente. Militante do movimento Hip Hop; educadora popular em Unidades socioeducativas. Fundadora do projeto Poesia nas Quebradas Temas de interesse: inclusão, políticas públicas, direitos humanos, juventude, socioeducação e cultura.

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